Dias desses reparei uma coisa: desde o início da quarentena por mais de 3 meses que eu NÃO comi folhas. Venho comendo brócolis diariamente, mas “salada”? Nada. Zero. Comi um pouco de couve em 3 ou 4 feijoadas e foi só. Acho que NUNCA tinha ficado tanto tempo sem salada, nem mesmo antes de cursar Nutrição.
Uma verdade inconveniente: folhas são dispensáveis à saúde. Até porque não há NADA ali de essencial que você não encontre nos alimentos de origem animal.
Dias atrás respondi nos stories sobre 2 livros marcantes. Antifrágil e “Good Calories Bad Calories”. Minha compreensão sobre Nutrição é uma antes e depois deles. Mas antes deles certa vez li um artigo marcante que explicava uma teoria de contracorrente. No longo texto o autor explica que as folhas e plantas nos fazem bem JUSTAMENTE porque elas querem na verdade nos fazer mal.
Funciona assim. Quando você come a planta ela tenta te matar para sobreviver. Como? Nos envenenando. Como ela NÃO consegue ela nos torna mais fortes. É um princípio básico de um organismo que reage se adaptando a um estresse. Veja bem, podemos comer 99% dos animais, mas não podemos comer talvez nem 1% das plantas. A ideia de que seríamos herbívoros não sobrevive à lógica mais elementar. Nós é TOLERAMOS alguns vegetais.
Se isole em uma ilha desconhecida e deserta e você se alimentará sem medo dos animais, mas só poderá pouco a pouco comer as plantas caso não queira morrer. Herbívoros verdadeiros não precisam disso!
O homem se alimenta de vegetais que foram DOMESTICADOS, e que POR ISSO são POUCO prejudiciais. POR ISSO que crianças não gostam do sabor amargo das plantas, seu instinto SABE que a planta quer matá-lo. Você ENSINA a criança a comer folhas. Nossa salada é feita com vegetais que foram “amenizados”. (*já frutos são doces para que você o coma! É uma vantagem ao organismo!)
Esse texto não é para falar mal de uma salada. Pelo contrário! É para explicar o seu provável mecanismo de benefício! Lembre-se: TUDO na Nutrição deveria ser visto sempre sobre dose e frequência!