Semana passada estive no interior de Sergipe visitando a parentada. Não precisa ser especialista para saber que arroz, feijão, farinha, macarrão, mandioca, tapioca e frutas são partes majoritárias no cardápio. Carne? Pouca, muito pouca. Mas a imagem que ainda temos é de magreza e pobreza.
Visito a região desde sempre (menos do que gostaria ou deveria). Quando era menino era quase uma aula prática de Biologia ou Geografia. Crianças desnutridas. Agora que volto adulto a obesidade é rampante, mesmo em povoados que dependem financeiramente do Bolsa Família.
O que se conclui? Que o amido dos grãos ou raízes não engorda, que a culpa é do “balanço calórico”. Se você quer estar à frente da absoluta maioria dos especialistas em Nutrição, basta você entender algo que a ortodoxia faz questão de não entender: a questão calórica EXISTE, óbvio! Não se nega a realidade! O que é preciso entender é que ela é uma CONSEQUÊNCIA de uma dieta ruim, não CAUSA dela.
CORRER É BOM?
Lógico! Mas se você tem um fêmur (ou tíbia) trincado, é uma péssima escolha de exercício. Arroz e feijão com farinha é veneno? ÓBVIO que não! Mas em um caso de obesidade passa a ser uma EXCELENTE alternativa MOMENTANEAMENTE restringir fortemente seu consumo. GRÃO é alimento de sociedade POBRE (um dia falo mais à respeito). Ele é MUITO pobre nutricionalmente.
Se o balanço calórico positivo e a obesidade são AMBOS CONSEQUÊNCIAS de uma dieta ruim, não CAUSA, temos que MELHORAR, ENRIQUECER a dieta comendo alimentos RICOS nutricionalmente.
E QUAIS SÃO OS ALIMENTOS NUTRICIONALMENTE RICOS?
(fora de ordem) Carnes, Ovos, Legumes de baixo amido, Castanhas e Cogumelos.
Frutas? Não. Grãos? Não. Tubérculos? Não.
Restringir esses alimentos no caso de sobrepeso/obesidade é o deixar de correr no caso da perna quebrada. Não é difícil de entender, vai…?
Por fim, no povoado que fico há hoje mais açúcar, refrigerante, sorvete e pães que a família mais rica jamais comeu décadas atrás. É sobre a DISPONIBILIDADE de comidas “erradas” que a sociedade tem hoje.
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